quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O médico, o paciente e o analista

Como é difícil para um analista em instituição dialogar com o médico que receita medicação para seu paciente! Que acontece que os campos da medicina e da psicanálise se apresentam tão distantes na questão do olhar e do tratamento?
Os psi, encontram sérias dificuldades de estabelecer um diálogo com médicos. Os médicos, quando não sabem o que fazer, encaminham para os psi. Porém, não dialogam.
Como costurar, criar um espaço de interlocução entre as duas áreas? Porque?
É mais fácil justificar do que costurar. É simples. Visando o paciente, este é o que mais tem a ganhar com esta interlocução.
Como ? Eis a questão. A medicina, em seu discurso de saber absoluto, deveria olhar para os sintomas não somente como algo aparente, mas, sim, como uma pergunta. Uma das maiores dificuldades dos médicos é a questão do não saber. É justamente aí, que a psicanálise pode acrescentar e o paciente se beneficiar.
A psicanálise dá lugar ao não saber. Isso causa uma certa dose de angústia, mas, faz toda a diferença na formação do médico. Este, não é analista, mas pode reconhecer que tem algo misterioso, algo que ele não entende. Com isso ele poderá avançar no tratamento de seu paciente. Como?
Tendo alguém, um lugar que ele se sinta confortável com sua falta de saber, ele terá que avançar e trabalhar, de fato, cada caso que atende. Falando, ele pode construir um saber a mais.
Ele poderá também, se distanciar um pouco da alienação do discurso médico. Traduzindo, ele vai olhar cada caso, como singular. Justamente o que a medicina anula. esse fato, é e será um diferencial.

Um comentário:

  1. isto é um pouco complicado, mas a interlocuçao é possível, e sabemos disso! a psicanalise no campo da medicina tem muito o q contribuir principalmente na particularidade de cada caso, muito trabalho pela frente!!

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