quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Amor vampiro. Amor?

Quantos de nós estamos sujeitos a um amor do tipo vampiro? Uma forma de relação aonde o outro nos suga. O servo, se coloca á disposição para ser sugado, abusado até a última gota. Neste lugar, ele não deseja, não vê, não existe. É um lugar morto. O sujeito/objeto se coloca como morto em vida. Este lugar que podemos denominar de lugar objetal, é um lugar de inexistência.
Que faz com que o ser seja engolido por um monstro? Alguns, não têem a possibilidade de escolha. Outros, sim.
Esta relação trás sofrimentos desnecessários para o servo. A vida, já é sofrida. Porém, sofrer na morte do sujeito é uma falta de ética em relação ao desejo. É imperdoável. Como um sujeito/objeto quando se dá conta da relação que estabelece com o outro pode tomar uma decisão? Que tipo de decisão tem condição de tomar?
Perde tempo. A vida passa. Terás muito tempo para morrer.
O vampiro precisa de amor. Mas, um amor que dá limite, que separa. Um amor, que revela até onde vai o sugador e até onde vai o sugado. Com o limite, a relação muda. Não se trata mais de sujeito-objeto e sim de outra coisa.
Hegel, precisou majestosamente este tipo de relação. Há um gozo naquele que é sugado. Ele reconhece o sugador como seu senhor.O que suga, não goza, não reconhece.
Ambos estão doentes, mas, o sugado talvez tenha mais chances.