terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Popular- "ser ou não ser".

Tema atual e insistente entre jovens e crianças. Todos querem ser popular. O que significa isso? O que entendem por popularidade? Quem é? Quem não é? Quais as consequências de ser ou não ser?
Seria diferente colocar a questão como ter popularidade ou não ter? Me parece que a questão imposta no que diz respeito a popular, se refere a questão do ser. Ontologicamente. Quase como qual é o seu signo? Qual é o seu gênero sexual?
O ser humano se reduz ao ser. O ser, marca algo de imutável. Quando falamos sou assim, sou sou, sou, sou, não abrimos outras possibilidades de sair de uma lógica dualista, sem dialéticas.
Quando pensamos em popular, pensamos: do povo. Pensamos em um caráter que marca uma pessoa. Uma pessoa simpática, que tem muitos amigos, que é conhecida por todos.
Que será isso que se impõe nos contextos escolares que os alunos agarram com unhas e dentes? Que tradução possível para este fenômeno?
Será que se trata de uma forma de defesa da exclusão, do não laço social? Uma resposta radical para tentar dar conta de um saber que não sabe? Um signo do feminino? A garota popular.
A garota popular é de todos? Um lugar objetal? A menina se coloca ativamente neste lugar?
Seria então uma fantasia na qual a menina mulher supõe ao menino? Seria ela desejada pelo fato de ser popular?
Triste então das que não forem...
Então, surge a questão: O que fazer para ser? É tão simples a resposta. Basta deixar de ser o que, de fato, se é. Basta perder a identidade que ainda se esconde. Em nome de quê? Não sabemos.
Este tema, merece ser aprofundado já que nos parece tão "raso", "ridículo", "menos importante". Afinal, é o que se aprende na escola.