É um fato. Pais sofrem, se angustiam, fazem loucuras, erram, acertam, ignoram, são gente de carne e osso. Muitas vezes, dão significados aos sintomas e ações do filho que são equivocados. O equívoco, não é em relação a estar interpretando certo ou não, mas, são os próprios filhos que muitas vezes sabem de que se trata em seus sofrimentos.
A dificuldade se faz presente. Não é fácil endossar a posição do filho. Na verdade, o difícil parece ser perceber que o filho tem desejos próprios, questões próprias e que sofre. Nesse campo, os pais, por sua vez, sofrem também.Senten-se impotentes, insuficientes e muitas vezes se distanciam em função de tamanha dor de ver seus filhos sofrendo.
A área psi, oferece um amplo leque de atuações, idéias, tratamentos ás crianças.
Como a psicanálise trata, olha e entende esse desconforto entre pais e filhos?
Cada analista dirige cada caso singular. Porém, o que existe para esta área do saber é: o não saber.
O analista não sabe, os pais tampouco.Isso não tira a responsabilidade do lugar de pai e mãe.
A psicanálise pode oferecer a construção deste lugar. Sem regras, sem certezas. Com singularidades.
Pode ela orientar? Que tipo de orientação um analista dá? Aquela que diz: Não há receita. Os ingredientes estão aí, alguns podem faltar. Se faltar algum, o analista construirá junto com os pais e a criança. Se estão todos disponíveis, a direção é: Como fazer o bolo? Como os pais e o filho querem executar a receita?
É nisso que pais, mães e filhos são responsáveis. Cada um faz o bolo do jeito que é possível.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
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