Uma
condição para a feminilidade é a diferenciação sexual. Para saber da castração,
a menina, prestes a iniciar seu processo do tornar-se mulher, encontra-se na
dialética do ter ou não ter o falo!
Ela
o tem a título de ausência, logo, a maneira que o possui é simbólica. A partir
daí, qual será a saída para a questão: O que quer UMA mulher? Um filho?
Filho-falo. A maternidade? Ser mãe responderá ao enigma da feminilidade? Para muitas
mulheres, o abandono de si, o fechamento para uma experiência associada a um
gozo outro pode estar ligada ao novo papel: ser mãe.Ser mãe é ter. Ter um filho. As mães têm! As mulheres, também têm o falo que pode ser o trabalho, o parceiro, bolsas, sapatos. Porem não todas vivenciam um gozo além do ter. Um gozo que escapa às palavras e à lógica capitalista.
Um
outro Gozo; pode ser uma experiência mística, uma dança, um envolver-se com um
quadro, um choro após uma leitura de uma bela poesia, um orgasmo múltiplo, um
arrepio...
A
feminilidade, longe de estar associada à maternidade, está em algum outro lugar.
Um lugar que escapa ao olhar. Um lugar que envolve alguma presença não vista.
Um lugar a ser tecido como uma artesã que tece seu tear.