quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Para residentes de psiquiatria

Como deve ser difícil para um residente de psiquiatria atender pacientes soma. A dificuldade localiza-se tanto em manejar a transferência como em poder questionar esses casos, característicos, de que a medicação não é tão importante. São pessoas que já passaram por várias especialidades médicas e por último, são enquadrados como pacientes com transtorno somatoformes.
O residente, quer aprender a medicar, dosagens corretas, discussões sobre medicações...
Que angústia então sair do script não é?
Uma pequena provocação para poder pelo menos vislumbrar um estado menos alienado dentro de uma área do saber.
Que questões poderíam surgir, caso pudessem se distanciar um pouco do saber médico e olhar para o fato de que a pessoa que converte, paralisa, entorta, finge, é uma pessoa em alto grau de sofrimento por necessitar de seus sintomas para viver e gozar.
É assim que estes sujeitos gozam e conseguem estar no mundo.
Como tratá-los então? O que um residente pode apreender com esses casos?