terça-feira, 5 de julho de 2011

Aonde está Wally?

Atualmente, por onde andamos, ciscamos, farejamos, festejamos, entristecemos, adoecemos, aonde está o sujeito? Para ter uma boa qualidade de vida, devemos nos alimentar adequadamente. Tem uma matéria na revista Joyce Pascowitch de março de 2011 que trata da ditadura da qualidade de vida.
Uma endocrinologista, aborda questões sobre a singularidade. Uma endocrinologista! Como?
Ela coloca que devemos conhecer nosso corpo e não se perder nos modismos. Uma pessoa com problemas de tireóide, que apresenta baixo colestererol, deveria comer gordura. Ou seja, a teoria de que a gordura é uma grnade vilã não se encaixa para aquele corpo que apresenta o particular de baixo colesterol.
Protetor solar em excesso faz mal pois tira a vitamina D. Quem tem problemas de tireóride pode apresentar carência desta vitamina e enfraquecer os ossos.
No mês de junho/ 2011 no programa da cultura do mesa redonda esta o grande Alfred Halpern. Ele, absoluto, sabia de tudo e afirmava que obesidade é doença e que todos os obesos devem tomar remédio.
Um jornalista injuriado perguntou: Porque medicar todos? e o absoluto respondeu: "São todos doentes, têem que tomar remédio para o resto da vida". Aqui, não cabe discutir questões científicas médicas, mas sim, abrir um espaço para questionar.
Pois bem, a minha pergunta é: Aonde está o sujeito no discurso médico? O sujeito, aquele que é singular. Impressionante como a medicina, de certa maneira, infantiliza o sujeito fazendo com que ele não se responsabilize pelo seu corpo, suas escolhas, seus desejos.
O que fazer diante da homogeinização, da pasteurização, da alienação?
Resistir. Apresentar um discurso de resistência e de responsabilidade. Cavar um buraco aonde o discurso capitalista tapa.
Pensar na indústria farmacêutica que faz do médico, um mero objeto. Que por sinal, faz do paciente, outro mero objeto. Irresponsável. Neste ponto, há uma transmissão: "Crio o remédio (indústria), você cria a doença (médico) e o paciente, não tem nada com isso. Goza alienadamente.
Aos paciente, lembrem-se: Aumento de gozo, perda de desejo.

2 comentários:

  1. e o que vemos nisso tudo também , esse paciente que goza alienamente, sem desejo e sem angústia!!!! pois sem angústia nao existe possibilidade de análise, e vemos pacientes assim em um gozo profundo no seu corpo e ás vezes pacientes graves que submetem-se a cirurgias e mais cirurgias, onde esta angústia neles? nao tem!! ai a imporatncia de cavar um buraco a onde nao se tem...

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