sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ainda sobre o diagnóstico estrutural...

Ainda sobre o diagnóstico estrutural, o que tenho para colocar é que:
1) Manejei a transferência de acordo com uma suposição de que o analisante estaria enquadrado em uma estrutura histérica. Foi uma catástrofe. Apontei a questão do desejo. Então, o sujeito começou a atuar e ficou 2 meses sem comparecer fisicamente à análise. Após alguns meses, percebi que o que se tratava não era simplesmente o desejo insatisfeito. Era o sujeito e sua alienação diria que total ao desejo do outro. A separação de um outro materno não estava nem estabelecida, nem vislumbrada.
2) Poderíamos pensar em uma psicose, mas o meu trabalho não foi nesta direção. Provoquei-o a falar do outro engolidor, abusivo. O sujeito foi se separando aos poucos de seu discurso e olhando seu lugar no mundo.
3) A conclusão que cheguei foi a seguinte: Enquanto me preocupei com o diagnóstico, perdi preciosidades do singular deste sujeito. De fato, não me dirigia na referência do analisante e sim a um modelo ortopédico e médico na posição de um saber que não diz, que não sabe.

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