segunda-feira, 1 de março de 2010

Dança- psicose- social

A dança, pensada como uma expressão artística pode ser um elo com o social na loucura. Os loucos não tem lugar em São Paulo. Os CAPS tentam, os psicólogos, também. Os médicos, medicam. Os analistam debatem.
Mas, a loucura pensada como uma rede, não tem lugar.
Ou melhor, o lugar destinado na maioria das vezes, é o da exclusão. Enquanto sujeitos paulistas, temos inúmeras dificuldades para acolher simples diferenças, quanto menos, psicóticos, paranóicos, delirantes, esquizofrênicos, autistas, bipolares, e o que mais tiver de patologias.
Em função deste não lugar, reflito e coloco que a dança, além de suas propriedades de prótese de constituição psíquica, ela pode fazer uma ponte entre aquele que porta a loucura e o social. Pintores famosos, escritores, dançarinos fizeram essa ponte sem "intenção".
Aposto na idéia da dança, do corpo que pode dançar, como uma possibilidade de inclusão na sociedade.
Ali, aonde não há voz, que se manifeste um corpo que possa falar,que possa publicar o não dito. E além disso, que possa posteriormente, se responsabilizar pela publicação.

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