terça-feira, 5 de abril de 2011

Palavra de Bolsonaro- "Todos nós somos iguais perante a lei".

Nem todos homem, nem todos. O pai da horda primitiva, aquele que gozava de todas as mulheres e fundava o clã de filhos castrados, esse não. Perante a lei, ele era uma exceção. O único que escapava á castração. O bom é que a lei só existe em função do corte de gozo.
Como este sujeito se posiciona perante à lei? Como lida com a castração? Como entende o desejo? Como se relaciona com a diferença?
A resposta é simples. Em sua lógica, devemos fundar uma raça ariana. Assim como Hitler, torturava, matava, oprimia os judeus, Bolsonaro segue o exemplo dizendo implicitamente que devemos torturar negros, gays e na linha de seu raciocínio qualquer um que pense diferente. Ainda estamos na época da ditadura. O povo ainda elege esse pai que goza.
A problemática que se impõe é que ele expressa claramente o que muitos pensam mas se calam pois não é socialmente aceito. Qual a responsabilidade que o eleitor tem de fazer essa escolha? O que leva a um sujeito do século XXI a votar neste homem que remete  a Furer? Tem algo de atemporal nisso não acham? Algo que está para além do tempo histórico em que vivemos.
Coloco-o como um homem mitológico. Neste sentido, atemporal. Ele não sabe que período está. É o pai da horda primitiva do Totem e Tabu. Ele está acima de todos e todas. Ele é a lei. Neste sentido, muitos se colocam como sendo a lei. Julgando os outros, vivendo fechadinhos em seus pontos de vista, procurando os iguais.
Porque nos custa tanto conviver com o diferente?
A resposta, talvez aponte para a castração. O sujeito contemporâneo tem uma grande dificuldade de lidar com a lei. Todos querem ser o únicos que escapam `a ela, à tão temível CASTRAÇÃO.
Dói escolher, perder. Dá trabalho conviver com o diferente.
Porém, a vida de enriquece. Quando se tem um limite, tem-se um alívio. Não podemos ir até aqui, mas podemos ir para outro lado.
Bolsonaro é um alienado de Hitler. Um alienado do pai da horda. Não sabe dos limites justamente por ser engolido. Um ser com semblant de psicótico que escapa á castração. Ele parece não saber dela.
Mas, será que não sabe mesmo?
Seria um perverso que dissimula. Sabe, mas finge que não sabe?
Para além das elocubrações psicanalíticas, quais os efeitos de sua fala no programa CQC? Como o telespectador escutou? O que o outro lado tem a dizer?
Como avançar neste nó que a fala de um homem causou? O que fazer com isso?

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