quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Término do blog

Pessoal,
com muito carinho informo que o este blog será desativado.
Como tudo na vida acaba, este blog perdeu sua função.

Caso queiram entrar em contato, podem mandar email para: lizgv@uol.com.br

Abraços saudosos....

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

terça-feira, 28 de agosto de 2012

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Castração e saúde psíquica


 A mãe é uma mulher. Ela volta-se para o filho ou não. A criança vai crescendo e se dando conta de que a mãe pode desejar outras coisas além dela. Surgem questões: “O que o outro quer de mim? O que ela deseja?”. Claro, se ela deseja outras coisas além de mim, o que ela deseja? O que ela quer de mim? O que tenho que fazer para ser desejado?

Momento de angústia pois a criança descobre que não é tudo para a mamãe! Surge o FALO! O falo é o que uma mãe demanda. Ele pode nomear o enigma de seu desejo. Por isso, difere do pênis. Porque falar de falo em relação à constatação do desejo materno estar alhures? Pois o falo é o símbolo da pura diferença. É o que falta á mulher, o que media a separação psíquica entre uma mãe e um filho. O falo é algo que pode garantir a saúde psíquica da criança. Se o filho não está no lugar de falo para a mãe, ele está salvo!

No instante da descoberta de que a mãe volta seu desejo para outro lugar, temos o primeiro tempo da castração. O filho descobre a castração na mãe e desloca a afetividade para o pai ou alguém outro ou outra coisa.

“A castração, longe de se reduzir ao temor de uma mutilação anatômica, é efetiva no momento em que o sujeito constata que o desejo materno se orienta alhures, em direção a alguma coisa ou com mais frequência a alguém, a um Nome-do-pai que permite situar o mistério do falo” Pommier, G

A transmissão neste post é a seguinte: a castração assegura a saúde psíquica.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Circuito mãe-filha: falhas de simbolização e bipolaridade

Em um dia de adolescência, uma filha entendeu:  "Sou o braço direito de minha mãe. Sou aquela que vai evitar que algum mal aconte a ela". Muito tempo se passou. Essa filha teve dois filhos, se casou, se separou, perdeu a mãe. Perdeu o lugar de onipotência, de ser aquela que protegeria a mãe de algum mal. Que lugar lhe restou?
Então, ela construiu: "Sou um lixo, um nada. Me encontro na insatisfação".
Da alternância de ser tudo, passou ao ser nada.
Freud, observando seu neto brincando com um carretel em uma idade remota (8 meses) percebeu que o infan tentava elaborar na brincadeira o jogo dialético da presença e ausência do outro. Se minha mãe vai, sou um nada. Se volta, sou tudo para ela. A dialética está em poder simbolizar este jogo de presença e ausência.
Ser o braço da mãe, ser uma parte do corpo do outro diz respeito à onipotência, à ser o falo, objeto de desejo do outro. Diz respeito ao não desejar. Se a mãe morre, a filha morre junto já que era uma parte do corpo desta mãe. Não simbolizou, não incorporou a presença para que a ausência física não significasse um vazio existencial da ordem do insuportável.
Aonde ela é um nada, um lixo é um lugar no qual nada se perde já que tudo já está perdido. Em um jogo, algo se perde e algo se ganha. Para poder ganhar, há que poder perder.
Nossas histórias são marcadas pela nossa vivência do desamparo fundamental. Vivências de angústia nas quais se o outro vai, sou um nada e se volta sou tudo.
O que o outro quer de mim?
O que deseja o outro?
Perguntas que todos nos deparamos para um dia, quem sabe, indagar: "Que desejo?".

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O valor da angústia


A angústia tem um objeto!

O movimento angustiante produz sintomas, inibições.

A pulsão de morte pode levar ao zero de angústia, de inibição e de sintoma. Ou seja, pode de fato levar o nirvana, ao nada de tensão. Esse nada de tensão, é a morte.

A pulsão de vida, é o amor, a possibilidade de construções. Porém, é necessária a pulsão de morte que produz uma espécie de agressão positiva em direção à vida.

Conclusão, a angústia pode impulsionar um sujeito à vida. Não há sujeito em vida que não se angustie.

Tratemos com carinho dela e ela vai nos impulsionar.
Tratar, olhar, falar, localizar o momento em que ela vem.

Ela vai ganhando forma, cor, textura, movimento e com isso, vai ficando menos assustadora.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O gozo nosso de cada dia!



 
"O inconsciente, não é que o ser pense...o inconsciente é que o ser, falando, goze e, acrescento, não queira saber de mais nada...Não há desejo de saber...aí está o sentido do inconsciente- não só que o homem já sabe tudo que tem que saber, mas que esse saber é perfeitamente limitado a esse gozo insuficiente que constitui que ele fale”. Sem. XX.
Cada um goza como pode!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Algumas considerações: Para além do ter um filho, o constante tornar-se mulher


Uma condição para a feminilidade é a diferenciação sexual. Para saber da castração, a menina, prestes a iniciar seu processo do tornar-se mulher, encontra-se na dialética do ter ou não ter o falo!
Ela o tem a título de ausência, logo, a maneira que o possui é simbólica. A partir daí, qual será a saída para a questão: O que quer UMA mulher? Um filho? Filho-falo. A maternidade? Ser mãe responderá ao enigma da feminilidade? Para muitas mulheres, o abandono de si, o fechamento para uma experiência associada a um gozo outro pode estar ligada ao novo papel: ser mãe.

Ser mãe é ter. Ter um filho. As mães têm! As mulheres, também têm o falo que pode ser o trabalho, o parceiro, bolsas, sapatos. Porem não todas vivenciam um gozo além do ter. Um gozo que escapa às palavras e à lógica capitalista.

Um outro Gozo; pode ser uma experiência mística, uma dança, um envolver-se com um quadro, um choro após uma leitura de uma bela poesia, um orgasmo múltiplo, um arrepio...

A feminilidade, longe de estar associada à maternidade, está em algum outro lugar. Um lugar que escapa ao olhar. Um lugar que envolve alguma presença não vista. Um lugar a ser tecido como uma artesã que tece seu tear.

O feminino não está dado, não está pronto. Trata-se de uma construção do uma a uma. Claro que o início desta viagem é o falo, aquele que regula a relação entre um homem e uma mulher. Porém, sem comparação. Um outro discurso.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Habemus Papam- Consequências de uma certa transmissão psicanalítica



Filme em cartaz de Nanni Moretti.
Para além do roteiro, a reflexão que proponho é sobre a sustentação de um semblante. O que a psicanálise pode oferecer a um sujeito que durante anos atua? No filme, longe de um tratamento convencional psicanalítico, ocorre o que poderíamos denominar de possibilidades de transmissão da psicanálise fora de um setting analítico e de um tratamento propriamente dito. Há algo de uma captação do sujeito que se aproxima de um saber analítico. 
O personagem de Michel Piccoli nos permite questionar como o ser humano é capaz de sustentar um semblante por anos. O papa é nada mais nada menos que aquele que se comunica com Deus. Para os sem questões, um semblante pode se manter e consistir. Porém, o personagem nos revela sobre a impossibilidade de ocupar esse lugar tão poderoso. A psicanálise entra no filme como um agente limitador por um lado e libertador por outro. O limite alivia.
Com dificuldades e dramas, o eleito a ser papa consegue falar. Falar justamente que o semblant caiu. Ele expressa seu limite. Marca a diferença entre ser ator e atuar na vida. A queda do semblant pode ser um dos efeitos de uma análise. Um sujeito não sai ileso de um processo analítico. Ele pode até continuar com seu sintoma, mas se responsabilizará como pode por ele.
A psicanálise como área do saber, entra no filme, ou seja, na cultura e oferece algo ao sujeito. A possibilidade de ser mais ético com o desejo. O sujeito que atua, pode estar desprovido de saber de si. Pode não saber do seu próprio desejo. Ele deixa de ser genuíno. A psicanálise toca o singular de cada um, o que cada um tem de único! Não dá para sair ileso deste fato.